Produção de pirarucu de manejo sinaliza alta de 40% no AM, até dezembro

A estimativa da produção de pirarucu manejado aumentou em relação ao ano passado, nas Unidades de Conservação (UC) do Amazonas com acordo de pesca, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), nesta sexta (20).

“O manejo do pirarucu tem sido um grande diferencial na economia pesqueira do Amazonas. Através do manejo de lagos o pescador pode realizar a manutenção da espécie e promover o aumento de sua renda”, comemorou a titular da SDS, Kamila Amaral.

Conforme a secretária estadual, o órgão tem promovido acordos de pesca para manejo de áreas e também incentivo de manejo em Unidades de Conservação de Uso Sustentável. Para 2014, a estimativa de produção irá ultrapassar 1.000 toneladas, com faturamento superior a R$ 6 milhões.

Em 2013, a produção de pirarucu manejado nas UC estaduais foi 33% maior em relação a 2012, passando de 643 (2012) para 856 toneladas (2013). O faturamento bruto aumentou em 46%, chegando a R$ 5,5 milhões e a renda média por pescador aumentou em 15%  (R$ 1.930).

Atividade de destaque

Como resultado da política estadual de manejo dos recursos pesqueiros, as UC do Amazonas são responsáveis por 74% da produção de pirarucu em todas as áreas manejadas do Estado.

O manejo de pirarucu é uma das atividades de maior destaque na geração de renda em UC estaduais de uso sustentável. O objetivo do manejo é justamente gerar renda, para as populações usuárias e comunidades tradicionais das áreas protegidas, através da recuperação dos estoques de peixe.

O manejo de pirarucu é realizado em diferentes etapas: organização comunitária, elaboração de regras de uso do recurso, capacitação de pescadores, monitoramento dos estoques de pirarucus, vigilância e fiscalização dos ambientes aquáticos, definição de plano de produção, contagem, pesca e comercialização da produção.

Este ano, a atividade é realizada em cinco Reservas de Desenvolvimento Sustentável do estado (RDS Mamirauá, Amanã, Piagaçú-Purus, Uacari e Cujubim) e na Floresta Estadual Canutama.

Manejo regulamentado

O acordo de pesca é um instrumento de ordenamento da atividade da pesca utilizado para dirimir os conflitos existentes entre os diversos usuários dos recursos pesqueiros e, assim, disciplinar a atividade econômica.

Em 2011, a SDS estabeleceu critérios e procedimentos para a regulamentação de Acordos de Pesca para o Amazonas, por meio da Instrução Normativa n° 03, de 02 de maio de 2011. Assim, foram regulamentados nove Acordos de Pesca. Do total, cinco deles credenciaram legalmente essas áreas para realizar o manejo dos recursos pesqueiros, com ênfase no pirarucu.