‘Semana Verde’ da Sema encerra programação com webinar sobre integração da economia e conservação ambiental no AM

A ‘Semana Verde On-line’, promovida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), encerra, nesta sexta-feira (05/06), a programação de palestras e debates virtuais em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho. Transmitida pelo Facebook da Sema, a live reuniu organizações da sociedade civil e universidade para debater o tema: “Como a economia da floresta pode ajudar a salvar a Amazônia”.

O diálogo foi mediado pelo secretário de estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, e contou com a presença do professor titular da Faculdade de Ciências Agrárias e do Centro de Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Henrique Pereira; o diretor técnico do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Carlos Koury e o superintendente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana.

Dentre os assuntos abordados, os convidados discutiram a importância da bioeconomia como elemento chave para o desenvolvimento econômico associado à conservação das florestas e à valorização dos conhecimentos das populações tradicionais do estado.

Para o titular da Sema, agregar valor aos produtos oriundos de cadeias produtivas, estimular o conhecimento científico e integrar as agendas das organizações não governamentais com as políticas públicas é o principal passo para uma nova economia sustentável em torno da floresta.

“É em debates como este que conseguimos encontrar soluções para resolver grandes gargalos. Ouvindo os convidados concluímos que, a grande resposta, se é que existe uma resposta para a provocação ‘Como a economia da floresta vai salvar a Amazônia?’, eu digo que é a floresta que vai ajudar a salvar a economia”, refletiu.

Serviços ecossistêmicos – Além da valorização dos ativos da floresta, os debatedores destacaram ainda a grande contribuição dos serviços ecossistêmicos, ou seja, bens e serviços da natureza, para a captura de carbono e conservação da biodiversidade, que beneficiam as pessoas de todo o planeta.

“Olhar para a Amazônia como uso múltiplo é um processo de muita diferenciação e de reflexão. É preciso olhar para ela (floresta amazônica) como uso múltiplo de seu potencial, porque aí você agrega mais as densidades das espécies, podendo aumentar seu valor”, destacou o representante do Idesam, Carlos Koury.

O superintendente da FAS, Virgílio Viana lembrou a importância da valorização da conservação ambiental também para combater o desmatamento ilegal e queimadas não autorizadas no estado.

“A bioeconomia tem um papel estratégico na valorização da floresta em pé, esta que, por sua vez, é essencial para vencer a batalha do desmatamento. Ninguém derruba a floresta por ignorância, é uma decisão econômica ligada a ilícitos ambientais e fundiários e ao principal vetor do desmatamento: que é a grilagem de terras. A economia da floresta é como se fosse uma vacina para esse problema, associada às medidas de comando de controle”, disse.

Além da necessidade de incentivar o desenvolvimento de uma economia de base sustentável, os convidado também pontuaram as ações de melhoria da qualidade de vida como prioritárias para um avanço conjunto.

“É o caminho sim de uma economia que se desenvolve a partir do insumos amazônicos, seus materiais e matérias primas, mas eu também quero pensar em uma economia que gera outros serviços e também se faz valer de vantagens por estar instalada na Amazônia”, finalizou o professor da Ufam, Henrique Pereira.

O ciclo de conversas e web debates da Semana Verde Online pode ser acessado no Facebook da Sema Amazonas e no Instagram institucional da Secretaria.