O Amazonas desembarcou na COP 27, em Sharm el-Sheikh, no Egito, na segunda-feira (14/11), quando apresentou oficialmente seu sistema de créditos de carbono para o mercado global e assinou um memorando de entendimento com a WCS, para implementação de um projeto de precificação de serviços ambientais em Unidades de Conservação Estaduais.
Além do ingresso no mercado de carbono, o Amazonas participa de encontros bilaterais sobre a retomada do Fundo Amazônia, com representantes da Alemanha, Noruega e Egito, interessados em cooperação, além de duas empresas europeias.
O Estado também vai assinar uma carta de intenção com a Coalizão Leaf, uma iniciativa para impulsionar as negociações dos créditos de carbono amazonense, uma vez que credencia o estado para negociar os padrões mais altos.
O Amazonas também aproveita a reunião para buscar parcerias para a execução do projeto Guardiões da Floresta, iniciativa de PSA lançada pelo governador Wilson Lima ano passado, e que atende mais de 14 mil famílias em 28 Unidades de Conservação.
Outro item importante da agenda do governo amazonense na COP é a concessão de parques estaduais para exploração turística sustentável pela iniciativa privada, como o Parque Estadual Rio Negro, em Novo Airão, e o Parque Sumaúma, em Manaus.
A concessão de florestas também estará em pauta, como oportunidade de aumentar o valor agregado da madeira legal, por meio do manejo sustentável, gerando renda para populações tradicionais. Neste momento, a proposta é trabalhar com a Floresta Estadual de Maués que, só em royalties, pode gerar algo em torno R$ 6 milhões por mês ao Estado.